quarta-feira, 29 de maio de 2013

EM BREVE!!!

O IX ENEOESTE - ENCONTRO DE ECONOMISTAS DO CENTRO-OESTE, realizado pelo CORECON/MT e COFECON nos dias 24, 25 e 26 de JULHO em parceria com a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, Faculdade de Economia da UFMT,   CORECON-GO, CORECON-DF e CORECON-MS, tendo como temática principal a “DESIGUALDADE E SUSTENTABILIDADE REGIONAIS NO CONTEXTO DA CRISE”, para o qual objetiva-se examinar e debater questões relativas aos fatores limitantes para superação da desigualdade de renda, de oportunidades e sociais, ancorada pela sustentabilidade regional no âmbito da dimensão econômica, social, política e ambiental, diante do contexto da crise deflagrada a partir de 2007/2008.
Isto porque, existe a necessidade em conduzir uma negociação entre governos, sistema político e setor produtivo para criar uma parceria institucionalizada contra a desigualdade. Numa citação ligeira do grau da desigualdade no Brasil, é do conhecimento coletivo que 30% da população com alta renda apropriam de 77,2% do PIB corrente, enquanto, 70% da população com baixa renda apropriam de apenas 22,8% do PIB.
No âmbito da região Centro-Oeste, 7% da população da região, 13,3 milhões de pessoas, apropria de, aproximadamente, 10% do PIB brasileiro, sendo que o Distrito Federal participa com 42%, Goiás 27%, Mato Grosso do Sul com 11,5% e Mato Groso agrega 18% de suas riquezas ao PIB total.
Assevera-se que a extensão territorial da região é de 1.606.371,5 km2, por isso, os dilemas entre crescimento e distribuição, estabilidade e crescimento, e crescimento e sustentabilidade são desafios a serem enfrentados de maneira firme e inadiável na consecução de objetivos macrorregionais.
Além disso, também solicitamos o apoio formal da Fundação Pantanal Convention and Visitors Bureau de Cuiabá que tem a sua sede na Avenida Isaac Póvoas, 1331 Sala 64 e 65 – Fone 3622-2110, que com sua experiência em eventos, dará o suporte necessário a este evento bem como preparará todo o material necessário para que este Regional possa preparar a nossa comitiva com vistas a trazer ao Estado de Mato Grosso o próximo Congresso Brasileiro dos Economistas para o ano de 2015.
A escolha do local de realização do encontro, a definição da temática central, a composição e formação das mesas e do conteúdo programático, estão sendo formatado mediante articulação da Comissão Organizadora Local e a Comissão Organizadora dos Conselhos do Centro-Oeste.

Estágio HSBC


Oportunidade de Estágio


O Banco HSBC selecionará 1 estudante de Economia, Administração ou Ciências Contábeis para um contrato de estagio remunerado com vigência de 12 meses sujeito à renovação por mais 12 meses.  
Os interessados devem enviar o currículo para amagalhaes@hsbc.com.br com urgência, pois o processo seletivo já se encontra em andamento.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

AULA INAUGURAL - ABERTA AO PÚBLICO

Caros colegas acadêmicos,

O TCE convida ao público em geral para a aula inaugural do "Curso de Extensão para os Conselhos de Políticas Públicas na efetivação do Controle Social em Mato Grosso" que contará com a participação do Professor Doutor Jaime Pinsky - Historiador, editor e Professor Titular da Unicamp.

Dia 29/05 - quarta-feira às 14:30h, no Auditório da Escola Superior de Contas.

Para os que tem interesse em participar desta aula inaugural, acessar o link abaixo:

http://www.tce.mt.gov.br/eventos/detalhe/id_evento/215, e chegar pelo menos 40 minutos antes, mais informações entrar em contato pelos telefones: (65) 3613-2951 / 2911 ou falar com Ana Paula no fone: (65) 3613-2928.


segunda-feira, 20 de maio de 2013


51 SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
21 a 24 de Julho em Belém mais informações: http://www.sober.org.br/

X Encontro de ECOECO - Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Ecologia
17 a 21 set. 2013 – Vitória / Espirito Santo
Tema: Inovação e Sustentabilidade sob a ótica da Economia Ecológica

terça-feira, 7 de maio de 2013

Rondon – Vida e Obra*


Fernando Tadeu de Miranda Borges**

Na condição de Membro Efetivo da Sociedade dos Amigos de Rondon tive o maior orgulho de receber a indicação desta entidade, oficializada pelo presidente, Dr. Ivan Vidal Pedrosa, para falar sobre a vida e a obra daquele que é considerado um dos mais importantes brasileiros do século XX, Cândido Mariano da Silva Rondon, no Dia das Comunicações. Será sempre uma tarefa impossível abordar toda a trajetória de luta deste ilustre conterrâneo, marechal “sertanista pacificador”, e que desde criança passei a conhecer e a admirar pelas maravilhosas histórias de bravura que a minha avó contava a seu respeito, e que, por incrível que pareça, acabaram alimentando e enriquecendo a minha imaginação. As histórias como as de Rondon, portanto, tem a magia do tempo eterno. TEMOS UM RONDON DENTRO DE NÓS A REAVIVAR AS NOSSAS FORÇAS. As visitas de Rondon a Cuiabá, durante o século XX, eram anunciadas com alegria, e as palestras proferidas, muito prestigiadas. A Revista A Violeta, que teve a escritora, professora e jornalista Maria Dimpina, por grande tempo, na direção, registrou esses momentos vividos pela cidade verde, que tinha Rondon como aliado na luta para a construção da Estrada de Ferro, tendo sido inclusive acionista da Estrada de Ferro Norte de Mato Grosso, ao lado das muitas outras pessoas que acreditavam nas vias de comunicações como estratégia para a conquista do desenvolvimento. Mas o que trazer da vida e da obra de Rondon nesta data festiva? Creio que relembrar um pouco de sua trajetória, repleta de bravura, e que ainda encanta e revitaliza as esperanças diante dos desafios e das dificuldades. Cândido Mariano da Silva nasceu no dia 05 de maio de 1865, em Mimoso, distrito de Santo Antonio do Rio Abaixo, atual município de Santo Antonio do Leverger, estado de Mato Grosso. Era filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista. De origem humilde, órfão ainda pequeno, foi criado, por uma bisavó, de descendência indígena, e aos sete anos de idade, ainda na infância, mudou-se para Cuiabá, com a finalidade de estudar, tendo ficado, à época, sob a tutela do seu tio Manoel Rodrigues da Silva, capitão da guarda - nacional, que resolveu adotar o sobrenome Rondon, apelido da sua mãe, por ter um homônimo, e que vinha causando-lhe alguns contratempos. Na capital de Mato Grosso, Rondon concluiu os estudos básicos, e mudou-se, logo em seguida, para o Rio de Janeiro, ao decidir-se pela carreira militar. Cabe ressaltar que o sobrenome Rondon também foi adotado por Candido Mariano da Silva, em reconhecimento ao tio Manoel Rodrigues da Silva Rondon, que para ajudá-lo nos estudos, no Rio de Janeiro, manifestou a intenção de adotá-lo como filho, no entanto, à época, Rondon não aceitou a proposta do tio, e ousou enfrentar com galhardia as dificuldades. É interessante observar que hoje o sobrenome Rondon tornou-se símbolo, brasão. Defensor da libertação dos escravos e da proclamação da República, Rondon amou Mato Grosso, tendo demonstrado pelo pantanal mato-grossense um profundo sentimento sertanejo. Rondon viveu intensamente a beleza e a liberdade da vida rural. Rondon realmente admirou a natureza com todas as letras, acreditou, e dedicou-se com afinco ao Brasil. Rondon era um brasileiro hospitaleiro, cordial. Concluiu os estudos na Escola Militar, no ano de 1890, e graduou-se em Matemática e Ciências Físicas e Naturais. Terminada essa fase, trabalhou inicialmente como auxiliar de Gomes Carneiro na Comissão para a Construção de Linhas Telegráficas de Cuiabá a Registro do Araguaia. Rondon por um curto período de tempo lecionou astronomia, e casou-se, em 1892, com D. Francisca Xavier, mais conhecida como D. Chiquita, com quem teve sete filhos: Araci Rondon, Benjamin Rondon, Clotilde Rondon, Marina Rondon, Beatriz Emília Rondon, Maria de Molina Rondon e Branca Luiza Rondon, muitos netos e bisnetos. Na construção de linhas telegráficas ligou o Brasil ao Brasil e o Brasil aos países sul-americanos. Nessas missões destacou-se com maestria, e recebeu inúmeras condecorações pelos relevantes serviços prestados. Foi o primeiro diretor do Serviço de Proteção ao Índio, e nesse cargo também obteve elevado reconhecimento. Em 1913, foi designado pelo governo Federal para organizar e acompanhar o presidente dos Estados Unidos da América, Theodoro Roosevelt, que viera ao Brasil em viagem de estudos, obtendo, Rondon, pelo trabalho desempenhado, o Prêmio Living-Stone, conferido pela Sociedade de Nova York, e tendo seu nome gravado numa placa de ouro, como um dos mais importantes desbravadores do mundo. Depois dessa missão prosseguiu com os trabalhos das linhas telegráficas. Contribuiu para o conhecimento da cartografia de Mato Grosso e do Brasil, das plantas, dos animais, das riquezas naturais e minerais. Nesses estudos, Rondon observou que Cuiabá encontrava-se localizada no Centro Geodésico da América do Sul. Rondon participou da festa em comemoração ao bicentenário de Cuiabá, com conferências e exposição cartográfica no Palácio da Instrução. O território do Guaporé recebeu o nome de Rondônia, devido a uma proposição do diretor do Museu Nacional, em 1917, Roquette Pinto. Como deputado, o tenente Otávio Pitaluga, propôs, em 1918, a mudança do nome do povoado mato-grossense de Rio Vermelho para Rondonópolis, numa justa homenagem a Candido Mariano da Silva Rondon, que nesse lugar estivera com a Comissão das Linhas Telegráficas. Das agraciações recebidas destacam-se: medalha de ouro da Sociedade Brasileira de Geografia, medalha de ouro da República da França, diploma de sócio honorário da Sociedade Geográfica de Washington, diploma de sócio honorário da Sociedade Geográfica de Munique, diploma de sócio honorário da Sociedade Holandesa de Geografia de Haya, diploma de sócio da Sociedade Geográfica de Roma, diploma de sócio honorário da Sociedade de Geografia de Berlim, membro da sociedade de Geografia de Lima, diploma de Sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, título de civilizador do sertão conferido pelo Conselho Nacional de Geografia e Estatística, sócio honorário da Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnologia, membro honorário da Sociedade de Americanistas da Suíça e muitas outras. Além das condecorações, cabe registrar que os postos na carreira militar foram conquistados por merecimento e dedicação. Foram inúmeras as missões diplomáticas desempenhadas nas nossas fronteiras, e que acabaram conferindo-lhe a condecoração da Gran Cruz da Ordem do Mérito Militar. Foi Rondon quem propôs ao governo brasileiro para que deixasse de cobrar a dívida que o Paraguai tinha com o Brasil em virtude da Guerra, e, também sugeriu ao governo brasileiro a criação do Parque Indígena Nacional do Xingú. Rondon contribuiu com dados preciosos para a confecção do mapa de Mato Grosso em 1952, e, em 1955, recebeu a patente de Marechal do Exército e o Título de Doutor Honoris Causa da Universidade do Brasil. No ano de 1957 muitos países começaram a movimentar-se no sentido de indicar Rondon para receber o “Nobel da Paz”, vindo a morrer, no entanto, em 19 de janeiro de 1958, sem ter sido agraciado com esse merecido prêmio, mas mesmo assim tendo ficado imortalizado para sempre pelos seus feitos no Brasil. Rondon deve, portanto, continuar servindo de exemplo para todas as gerações. Rondon possuía sabedoria e conhecimento. É preciso que o “Memorial Rondon em Mato Grosso” venha a ser terminado, e que seja referência no mundo como Centro de Documentação, com trabalhos de pesquisa, livros, jornais, revistas, discursos, gravações, fotografias, filmes etc. É preciso continuar despertando nos jovens o orgulho e a grandeza de ser brasileiro. É NECESSÁRIO CULTIVAR A CRENÇA DE QUE É POSSÍVEL FAZER MAIS PELA SOCIEDADE. É importante desenvolver o sentido inovador, o olhar científico e tecnológico, o compromisso com a História, a responsabilidade social, a educação ambiental e o espírito democrático. Sonho com aulas práticas ministradas em museus para jovens estudantes de Mato Grosso. Sonho com a educação atuando de forma integrada com a cultura, com a saúde e com o turismo no Brasil. ACREDITO NA NOSSA CUIABÁ QUE EM 2019 COMEMORARÁ O TRICENTENÁRIO. Acredito num país mais unido, mais fraterno e mais humano. Acredito que o mundo deverá ficar mais amadurecido, mas sem perder a alegria da juventude. E, por fim, uma pequena observação da escritora carioca Stella Leonardos, integrante da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, e que encontra-se registrada no livro “Memorial de Rondon”, editado pela Editora Universitária da Universidade Federal de Mato Grosso, em 1995, que  preciso compartilhar, “Cândido Mariano da Silva Rondon. Gravo teu nome de evento. [...] Gravo teu nome de alento. [...] Gravo teu nome de advento. [...] Gravo teu nome de intento. [...] Gravo teu nome de tento. [...] E gravo teu nome o vento, Rondon de morrer talvez, Rondon do matar jamais.” Stella Leonardos também ressalta que Rondon defendeu o lema, “Ainda mesmo que alguém da expedição seja ferido pelos guerreiros do Juruena, nenhuma represália deve ser movida contra os atacantes: no seu justo direito, defendem as suas terras e as suas famílias.” Rondon, de acordo com Stella Leonardos, ressaltou numa das ocasiões, “[...] Tudo foi feito pelos meus dedicados auxiliares. Eu nada fiz. O que eu fiz qualquer um pode fazer”... Para concluir, a indagação de Stella Leonardos, da qual compartilho, “(Será só querer? Será? E o valor desse querer?).”

Trabalhos consultados: FIDALGO, Alcides e CABRAL, Mário César (Criação e Textos). Nosso herói Rondon. (Organização, Curadoria e Concepção de Patrícia Civelli). Instituto Cultural Cidade Viva; MAGALHÂES, Amilcar A. Botelho. Rondon uma relíquia da Pátria. Curitiba: Editora Guaíra, 1942; SILVA, V. Benicio da e BRANCO, Firmino Lages Castello. Rondon. Civilizador do Sertão. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1952; LEONARDOS Stella. Memorial de Rondon. Cuiabá: EdUFMT, 1995; VIVEIROS, Esther de. Rondon conta sua vida. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1958.
** Doutor em História Social e Mestre em Economia pela USP. Docente da Faculdade de Economia, do Doutorado e Mestrado em História, e do Mestrado em Agronegócios e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal de Mato Grosso.